Pré-venda:: envio 05 de novembro
 
Título: POLÍTICA ESPECULATIVA: ensaio sobre as imagens de futuro em disputa no século XXI
Autor: Moysés Pinto Neto
 
Prefácio: Letícia Cesarino
Capa : Julian Alexander Brzozowski
 
https://open.spotify.com/episode/6hsXDOT3wiWD5pPZdgjNZa?si=xgb_SZ2cQfqqPHKzDS6Q6A
 
ISBN: 978-65-87529-64-6
Número de páginas: 320
Tamanho: 14x21cm
 
 
"A tarefa a que Moysés Pinto Neto se propõe neste livro é dupla, assim como são dois os sentidos que podemos atribuir à expressão que o intitula. De um lado, trata-se de promover uma análise de conjuntura de média duração (retrocedendo, ao menos, até o Maio de 68, evento crucial na armação teórico-política do livro), que se afasta, porém, dos modelos tradicionais desse exercício. Afinal, é de política especulativa que se está falando, de modo que a conjuntura levada em consideração abarca, para além do cenário econômico e da (geo-)política institucional, elaborações que seriam consideradas simbólicas ou super-estruturais em análises convencionais do gênero. É assim que séries audiovisuais e mais especialmente formulações filosóficas são tomadas não em seu sentido passivo, de expressão de algo que as ultrapassa, mas como formadores ativos da conjuntura. Desse modo, e aqui chegamos à outra tarefa que o livro encara, trata-se igualmente de ver que políticas são imaginadas em produções culturais e conceitos filosóficos, mas também em movimentos sociais e arranjos de resistência: política especulativa. Se o primeiro exercício é conjuntural, o segundo, inseparável dele, é conjectural. Se aquele consiste em juntar diferentes elementos para entender o cenário político (con-juntura), esse consiste em um lance de dados que especula o futuro a partir de elementos do passado e do presente (con-jecturar: lançar junto). Afinal, como aponta o subtítulo, o que se apresenta aqui é um “ensaio sobre as imagens de futuro em disputa no século XXI”. Do no future ao fim do fim do futuro (ainda que em forma interrogativa), o livro vai descortinando a guerra imaginária (uma guerra de imagens, mas também uma guerra que gera imagens) que atualmente está em curso, guerra imaginária mas nem por isso menos real. Aceleracionismo, decrescimentismo, exterminismo, anarcoindigenismo e tantas outras correntes de pensamento e ação têm suas gêneses, entrecruzamentos, corolários políticos, filosóficos e estéticos passados em revista, culminando num audacioso exercício de mapeamento – “A teoria dos quatro cosmogramas” – com que Moysés nos presenteia ao final. Um mapa do presente – e de possíveis futuros. Mas também uma aposta na política e na especulação: a de que, embora nenhum lance de dados possa abolir o acaso, isso não retira de nós a possibilidade – ou mesmo o dever – de especular, conjecturar, o futuro. Nem que seja para garantir diante do Antropoceno que, pela ação e pela imaginação, ainda haja futuro amanhã."
 
Alexandre Nodari